sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

REUNIÃO PRESENCIAL DO COLETIVO POA/REGIÃO METROPOLITANA, DIA 25/02!



REUNIÃO PRESENCIAL DO COLETIVO POA/REGIÃO METROPOLITANA:

DATA: Terça-feira, 25 de fevereiro.
HORA: ás 18:00.
LOCAL: Casa de Cultura Mario Quintana (na Andradas, no centro de Porto Alegre), no Jardim da Casa (não lembro o andar agora).

Pautas:
- Informes: paralisação dos municipários da saúde de Porto Alegre; Conselho Municipal de Saúde (mudança de regimento);
- Recepção aos novos R1 (nos programas e uma festa de integração)
- Participação no Fórum em Defesa do SUS;
- Participação na Comissão de Saúde Mental do Conselho Estadual de Saúde;
- Congresso Rede Unida (e provável IV ENRS)


Abraços povo!!! Divulguem para os demais residentes de Porto Alegre e região Metropolitana!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Carta do I Encontro Nacional da RAPS

Divulgando a carta do I encontro nacional da Rede de Atenção Psicossocial, que aconteceu no Paraná em dezembro de 2013 e contou com a participação de residentes. Segue a carta:


CARTA DO I ENCONTRO NACIONAL DA RAPS

Nós, trabalhadores, usuários e familiares, participantes do Encontro Nacional das Redes de Atenção Psicossocial, exercendo o protagonismo politico que nos cumpre, vimos manifestar nossa preocupação face ao atual momento da Reforma Psiquiátrica, trazendo algumas reflexões necessárias ao seu enfrentamento.

Na presente conjuntura, constatamos a grave ameaça de retrocesso representada pela politica governamental para a atenção às pessoas em uso prejudicial de álcool e outras drogas. O financiamento das comunidades terapêuticas por verbas públicas, o número sempre crescente de internações compulsórias, as medidas higienistas em geral, revelam a admissão implícita, por parte do poder público, do discurso moralizante da famigerada guerra às drogas, reeditando, perigosamente, a estrutura e as concepções do manicômio. Tal politica se coloca em clara contradição com nossa valiosa pratica do cuidado em liberdade, ferindo, ademais, a garantia constitucional da saúde como direito e dever do Estado. 

Reivindicamos, pois, ao poder publico, e, muito especialmente, ao Ministério da Saúde, a adoção de uma política decidida e coerente no âmbito do uso prejudicial de álcool e outras drogas, segundo os princípios da Reforma Psiquiátrica e do SUS, que vimos tão arduamente sustentando no cotidiano das nossas redes.

Ademais, há vários outros pontos ainda frágeis na consolidação da Reforma Psiquiátrica brasileira. Dentre eles, aqui elencamos alguns. A precariedade da atenção à crise nas Redes de Atenção Psicossocial, impedindo o indispensável fechamento dos mais de 30 mil leitos em hospitais psiquiátricos ainda existentes no país torna inadiável o investimento nos CAPS IIII. As dificuldades na montagem de RAPS efetivamente territorializadas e descentralizadas requer o compromisso efetivo do Ministério da Saúde, assegurando, acompanhando e fiscalizando a sua implantação. O grande descompasso entre a formação oferecida pela universidade e aquela requerida para os trabalhadores das redes mostra a necessidade de radicalizar o ensino e a transmissão nas RAPS, fazendo florescer seu vigoroso potencial formador. É preciso valorizar e difundir equipamentos tipo Centros de Convivência, inventivos e inovadores, voltados para a produção de arte, cultura e lazer, com a garantia de seu financiamento pelo Ministério da Saúde e Secretarias de estado. Urge, ainda, opormo-nos firmemente a todas as formas de privatização da Saúde e precarização dos vínculos de trabalho, tais como aquelas promovidas pelas OS e outras modalidades de terceirização do SUS.

Desejamos louvar o empenho e o zelo da equipe da Coordenação Nacional de Saúde Mental, ao realizar este primeiro Encontro Nacional das RAPS, cumprindo a importante função de acolher generosamente os 3.000 participantes, dispostos a lutar por seu trabalho e pelos princípios que o regem. Que venha logo o segundo encontro, construído de forma coletiva com os trabalhadores, usuários, familiares, movimentos sociais, ainda mais participativo, democrático e desinstitucionalizado, propiciando também, cada vez mais, a politização do debate, a formulação precisa das questões, a deliberação conjunta de estratégias para o seu enfrentamento.

Concluindo, enfim, ressaltamos o nosso desejo de atuar como parceiros e interlocutores desta Equipe, para modificar as complexas relações politicas em jogo na construção da Reforma, buscando torná-las favoráveis ao nosso belo e apaixonado projeto de uma sociedade sem manicômios.

RECOMENDAÇÕES AO MINISTÉRIO DA SAÚDE

1. Recomendação sobre a Política de Álcool e Outras Drogas 
. Vimos  reafirmar  a  necessidade  de  efetiva  implementação  dos  serviços públicos  previstos  na
Portaria 3088/2011.  
. Reafirmamos a necessidade da retirada das Comunidades Terapêuticas como serviços da RAPS, e de  todas  as  formas  de  financiamento  público  das mesmas,  uma  vez  que  ferem  princípios 
fundamentais da Reforma Psiquiátrica e do SUS. 
. Instaurar ação  interministerial para Alinhamento das Políticas da Senad segundo as diretrizes da
Reforma Psiquiátrica e do SUS. 
. Reafirmamos  a  necessidade  do  poder  executivo  respeitar  o  Controle Social  na  formulação, implementação e avaliação das políticas de saúde desta área. 
. Reforçarmos a Redução de Danos como estratégia para cuidado de pessoas em sofrimento mental decorrente do uso nocivo de álcool e outras drogas. 
2. Recomendação sobre aos equipamentos de resposta à Crise  
. Garantir  investimentos  efetivos  para  os  serviços  substitutivos independente  do  quantitativo
populacional  dos  municípios,  promovendo consórcios  entre  municípios, priorizando  o 
atendimento às crises nas Redes de Atenção Psicossocial, de forma a descartar definitivamente as 
internações em Hospitais Psiquiátricos, possibilitando o fechamento dos leitos ainda existentes. 
3. Recomendações quanto à formação em saúde
. Articulação  entre  instituições  de  ensino  (IES)/MEC  e  Rede  SUS/MS,  de forma  a  favorecer  a formação dos profissionais inseridos na rede e em formação, pautadas nos princípios da Reforma 
Psiquiátrica. 
. Formação universitária, para todos os cursos da área da saúde, que contemple as necessidades da
rede, pautadas nos princípios da saúde pública. . Ampliação  do  números  de  programas  para  capacitação  profissional através  de  Residências 
Médicas  e  Multiprofissionais  em  Psiquiatria - Saúde Mental,  na  rede  substitutiva  e  pública, 
baseada nos princípios do SUS.  
. Garantia dos espaços de  formação e educação permanente/continuada para os  trabalhadores, de
maneira a utilizar o espaço de trabalho como ambiente de formação. 
4. Recomendações quanto aos centros de convivência e cultura 
. Regulamentação  em  nova  Portaria  ministerial,  com  previsão  de  infra-estrutura  e  recursos 
humanos  adequados,  instituindo  formas  de  incentivo e  fontes  de  financiamento  para  sua 
implantação e manutenção. 
5. Recomendações quanto à rede de atenção psicossocial. Reafirmar  o  funcionamento  em  rede,  potencializando  a  assistência através  do  cuidado 
compartilhado  como  lógica  norteadora  da  assistência no  território,  de  forma  efetivamente 
descentralizada,    priorizando  o atendimento  à  crise  nos  CAPS,  fortalecendo  e  estruturando  a 
atenção básica e os demais pontos da rede pública especificados na RAPS. 

Documento aprovado por aclamação na plenária de encerramento (MEGA ÁGORA) do I ENCONTRO NACIONAL DA RAPS (Rede de Atenção Psicossocial)

Pinhais-PR, 06 de dezembro de 2013

Nota do Fórum em Defesa do SUS em apoio aos municipários de Porto Alegre

Nota de apoio do Fórum em Defesa do SUS-RS em relação ao estado de greve dos municipários de Porto Alegre! O Coletivo Gaúcho de Residentes em Saúde participa ativamente deste Fórum que levanta a bandeira de ser Contra a Privatização da Saúde!
(clique para ampliar)

NOTA DE APOIO À GREVE DOS RODOVIÁRIOS DE PORTO ALEGRE



COLETIVO GAÚCHO DE RESIDENTES EM SAÚDE – CGRS

NOTA DE APOIO À GREVE DOS RODOVIÁRIOS DE PORTO ALEGRE

Vimos por esta nota manifestar nosso apoio público à Greve dos Rodoviários de Porto Alegre. Percebemos a importância de lançar essa nota de apoio à categoria entendendo a necessidade de fortalecer essa luta, uma vez que essa faz parte da luta dos trabalhadores como um todo!

A categoria dos rodoviários enfrenta inúmeras dificuldades, dentre elas ter um sindicato que não dialoga com a realidade enfrentada pelos seus membros. Realidade que todo Porto Alegrense que anda de ônibus conhece bem: passagem muito cara, ônibus insalubre (muito barulho, calor e superlotação de usuários), falta de valorização da profissão, falta de segurança para trabalhar e utilizar o transporte público, entre outros. Essa greve é a maior da história da categoria, com adesão de 100% dos rodoviários, sendo a mesma um exemplo para a classe trabalhadora. Não por acaso a mídia e o Estado, através da figura do Prefeito Fortunatti, tentam de diversas maneiras colocar os trabalhadores rodoviários contra o conjunto da classe trabalhadora, colocando que os rodoviários estão atuando em conluio com os patrões (empresários que lucram absurdamente com o transporte público) para legitimar um aumento das passagens. Isso não é verdade! Os rodoviários se colocam contra qualquer aumento das passagens, pois entendem que as empresas de transporte podem conceder aumento sem subir as passagens, apenas diminuindo um pouco o lucro imenso que os donos das empresas registram. 

É necessário verificar que as reivindicações dos trabalhadores rodoviários não são apenas por salários, mas sim por melhorias das condições de trabalho, que estão extremamente precarizadas, principalmente com uma carga horária excessiva além de exercer inúmeras funções. Ou seja, reivindicações que são muito válidas para qualquer trabalhador, seja ele rodoviário, trabalhador da área da saúde, da educação, etc. Todo trabalhador deveria ter boas condições de trabalho, se não às têm, se organizar e lutar é um direito e um dever de todos!  

Aproveitamos para repudiar qualquer programa de residência ou serviço que esteja obrigando ou forçando o Residente a ir trabalhar durante esse período de greve dos rodoviários. O Residente, assim como qualquer trabalhador, não pode e não deve arcar com os altos custos do transporte público em Porto Alegre, principalmente os das lotações, sendo que muitos precisam pegar duas lotações para ir ao serviço e mais duas para voltar. A proposta da residência não é de estar substituindo trabalhador nos serviços, mas sim estar trabalhando lado a lado e trocando saberes e experiências com todos (usuário, trabalhador, estagiário, etc) nos serviços. Os serviços não estão ficando/ficariam sem prestar atendimento à população, pois só deveria ter Residente onde já existe trabalhador contratado pelo município.

Transporte tem a ver com saúde sim! E nós trabalhadores da área não podemos ficar omissos frente à precarização do transporte público em Porto Alegre.

Por isso e muito mais expressamos nosso total apoio à luta dos rodoviários e à luta do Bloco de Lutas Pelo Transporte Público! Também repudiamos qualquer tentativa de opressão e assédio moral que venha sendo realizada com os Residentes em saúde!

Todo apoio à greve dos rodoviários!

COLETIVO GAÚCHO DE RESIDENTES EM SAÚDE – CGRS
residentesrs.blogspot.com.br
cgrsaude@gmail.com