Na tarde de ontem, 20 de Maio, residentes multiprofissionais realizaram
ato político dentro da Escola de Saúde Pública do RS (ESP/RS) em protesto contra o
autoritarismo e a perseguição política praticada pela gestão da Escola,
cujo estopim foi a suspensão de 30 dias aplicada à residente Elsa Roso.
Os residentes também reivindicam a qualificação do processo de
residência, hoje profundamente vinculado aos interesses de entidades
privadas que servem de campo de prática para os residentes. Sem
acompanhamento qualificado que deveria ser disponibilizado pelo Estado
do RS, os residentes praticamente cumprem a função de mão-de-obra barata
para fundações privadas que operam os serviços de saúde em Porto Alegre
e outros municípios da região metropolitana.
O ato contou com o apoio de entidades de trabalhadores e estudantes,
como o Coletivo Gaúcho de Residentes em Saúde , DCE da PUCRS, Centro Acadêmico de
Serviço Social da PUCRS e da UFRGS, Associação dos Servidores da UFRGS –
ASSUFRGS, Sindicato dos Municipários de Porto Alegre – SIMPA,
Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição – ASSERGHC,
Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência do
RS-SINDISPREV-RS , Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do RS –
SINDSEPE e Associação de Pós-Graduandos da UFRGS e Fórum Gaúcho em Defesa do SUS.
Os manifestantes foram recebidos com risos irônicos pelo Coordenador da
Residência Multiprofissional, que não se colocou em posição de diálogo em nenhum momento. Ao final do
ato, os residentes espalharam cartazes e faixas pela Escola e
protocolaram a carta “Beijinho no ombro, a democracia passa longe” onde
eles exigem a revogação imediata da suspensão da residente e retomam as
pautas de luta levantadas desde o ano passado.