segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Coletivo participa de mesa sobre Residências no II Serpinf.

           A residente da ênfase de Atenção Básica/Saúde da Família, Priscila Voigt, representou o Coletivo Gaúcho de Residentes em Saúde no evento "II SERPINF" (Seminário Regional “Políticas Públicas, Intersetorialidade e Família”, dias 6 e 7 de novembro de 2014), onde realizou fala trazendo uma breve contextualização histórica da trajetória das residências multiprofissionais no Brasil. Apresentou o Coletivo Gaúcho de Residentes em Saúde e suas lutas, em especial a luta pelo fim da carga horária de 60 horas semanais de trabalho. Colocou que a carga horária vem de um modelo baseado na residência médica, o qual não contempla as demandas da residência multiprofissional e resulta na exploração de mão de obra qualificada, onde muitas vezes os residentes “tapam furos” na falta de profissionais nas unidades. Trouxe ainda a luta em defesa do SUS e pela não privatização/mercantilização da saúde, como vemos hoje com o IMESF e outras instituições de prestação de serviço, onde a fragilização dos vínculos trabalhistas acaba por afetar a longitudinalidade na atenção aos usuários dos serviços de saúde.
              Aberto o debate tivemos a fala de duas assistentes sociais que trabalham na área da saúde, uma delas preceptora, as quais complementaram a fala da Priscila, ressaltando a importância da residência multiprofissional nas equipes e reafirmando a sobrecarga das 60 horas semanais para os residentes. Uma assistente social, preceptora, que é coordenadora de uma ênfase em programa de residência multiprofissional, ressaltou que além da luta dos residentes por qualidade de formação, há também um movimento, pouco ativo, de preceptores em busca de carga horária protegida para preceptoria e remuneração para o cargo, qualificando o espaço e valorizando os profissionais.
         Priscila encerrou sua fala dizendo: "Nós residentes devemos ser o núcleo de resistência e de luta em defesa do SUS, contra as privatizações e terceirizações, e de luta por programas de residência de qualidade e de processos de formação de trabalhadores em consonância com as premissas do SUS e do movimento de reforma sanitária. Nunca teremos uma residência de qualidade sem termos um SUS de qualidade, as duas lutas se somam e caminham juntas".

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